quarta-feira, 27 de julho de 2016

Vai pra rua

Dizer que qualquer coisa é melhor que o PT, ok, pois vivemos numa "democracia". Mas justificar as passeatas dizendo que era:
- contra corrupção;
- contra "ditadura da esquerda", que quer acabar com a "liberdade de imprensa";
- para o Brasil não virar Cuba / Venezuela;
- a favor da lava-jato, que investiga e prende "TODOS" os corruptos; 

É mais facil admitir que se foi ingênuo. Eu fui, quando acreditei que o Lula iria lutar contra as oligarquias, contra o monopólio da mídia, contra os juros, contra os privilégios absurdos do judiciário e contra corrupção. No fim, puseram o Temer na chapa da Dilma.

Se não foi ingenuidade, pelo menos reconheça que não suportava mais o PT e seu português gramaticalmente errado. E que concorda com sua retirada a QUALQUER custo, com golpe e tudo mais.

Enfim, para quem ainda pretende voltar para a rua, ao lado das organizações "apartidárias" satisfeitas com o governo interino "isento de corrupção", que não incluiram ninguém do PSDB na sua "indignação" contra os corruptos de "TODOS" os partidos, ficam algumas sugestões:

1) Não faça selfie.
2) Não compre a máscara ou boneco do Japonês.
3) Não diga que ama o "malvado favorito".
4) Não seja filmado na "dancinha do impeachment". 
5) Evite fotos ao lado do pato da FIESP. (se é que ele vai estar lá)
6) Não pule de nenhuma kombi.
7) Evite a camisa com os dizeres: "não tenho culpa, votei no Aécio". 
8) Evite a camisa da CBF, pois ela pode ser substituida por outras igualmente patrióticas. Ex: Bob esponja ou Minions.
9) Não esqueça as bebidas, afinal, a história é feita com panelas, selfies e champagne. Sangue, suor e lágrimas é coisa de pobre.

Seguir essas dicas pode "aliviar a barra" quando seus netos perguntarem: como é que você não viu que era golpe ?

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Mais um petista preso

"Nada como começar a semana com as imagens de mais um petista sendo preso", diz colunista da maior revista (panfleto?) do país. Não importa se teve crime ou não, o importante é que foi preso e era do PT. É a mesma lógica compartilhada por aqueles que aplaudem o Maluf e vaiam a Dilma.

O ex-Senador Eduardo Suplicy foi preso por tentar impedir o avanço da PM em uma operação de reintegração de posse de um terreno da prefeitura de São Paulo, sob comando do PT. Ao perceber que o confronto poderia ficar ainda pior, ele deitou-se no caminho da polícia e acabou na delegacia.

Mesmo que o ato fosse de oportunismo eleitoreiro, como muitos estão falando. O agravamento do confronto evitado por ele neste único evento, fez mais pelo povo do que a vida inteira de boa parte dos políticos.

Enquanto isso, um outro Eduardo (o "Malvado Favorito"), mesmo afastado, continua usufruindo de todos os recursos do cargo, inclusive avião da FAB. Apesar disso, as panelas continuam em silencio.

sábado, 9 de julho de 2016

A propósito, o Cunha renunciou...

O "Malvado Favorito pede pra sair". Mas o fato nem sequer aparece na capa. Deve ser de pouca relevância para a Veja. Até casamento ostentação tinha lá, ao lado das incansáveis acusações contra o PT, que sempre tem espaço garantido.
Nem mesmo um singelo "tchau querido". Ao contrário da Dilma, que mesmo antes do seu afastamento, já figurava na capa como "carta fora do baralho".
Toda semana, condomínios de classes A e B (principalmente os da capital paulista) recebem grandes fardos desta revista, quase todo mundo é assinante. E para que as classes C e D não fiquem sem o conteúdo "informativo" e "livre de ideologia", o governo de São Paulo (a mais de 20 anos nas mãos do PSDB) "investe" milhões com assinaturas destinadas as escolas públicas.
É notório que o brasileiro não costuma ler. A partir deste fato, a imprensa escrita passou a investir nas capas de seus periódicos, pois sabe que a grande maioria não vai ler nada além disso. 
Diferente da TV e o rádio que ocupam o espaço público, a imprensa escrita, desde que não pratique calunia e/ou difamação, pode emitir qualquer opinião ou posição política em suas páginas e esse princípio é estendido para a capa.
Entretanto, a capa da revista funciona como uma peça publicitária que ocupa o espaço público, na fachada das bancas de jornal, relógios de rua, fachadas de ponto de onibus, outdoors entre outros.
Sendo assim, a imprensa escrita encontrou um meio de fazer propaganda política sem se importar com a regulamentação dessa atividade, pois alega que está fazendo publicidade. Pior ainda, disfarçado de jornalismo.

terça-feira, 5 de julho de 2016

A propósito. Entrevistamos o presidente...

Primeiro ele disse que "ela ia usar o avião para denunciar o golpe". Como quem diz: "Foi golpe mesmo seus trouxas, e ainda dou entrevista para o Fantastico". Agora, um conselheiro, nos moldes da máfia, "avisa" a presidente afastada, que em agosto "presidentes costumam morrer". O pior é que o autor da frase é professor e jornalista, que deve achar bonito "posar de capanga".
Enfim, parece que nem a Veja acredita mais no Temer. Recentemente, pouco antes do afastamento da presidente eleita. O eventual ministério interino, bem como o seu "plano para por o Brasil nos trilhos" já vinha sendo anunciado em suas capas acompanhado de sua foto. Mas agora, mesmo concedendo (comprando?) entrevista exclusiva, não lhe dão mais a capa.
Enquanto isso, FHC não consegue responder se apoia ou não o impeachment do Temer, assim como não consegue responder porque a Dilma cometeu crime de responsabilidade e ele não.