quinta-feira, 15 de setembro de 2016

A grande aposta

Dilma ia de mal a pior, Lula estava desmoralizado e Aécio liderava a oposição. Havia panelas e milhões nas ruas.

Poucos ousavam defender Dilma; só tinha pão com mortadela.

As oligarquias representadas pela direita, tinham o jogo político na mão. Bastava manter o PT sangrando e faturar 2018.

Entretanto, preferiram elevar as apostas.
Levaram a cabo o processo de impeachment com aquela vergonhosa votação na câmara.

E, por fim, com a inquisição no senado, Dilma saiu vitoriosa. O crime que a derrubou (as discutíveis pedaladas) era contra sua administração; contra ela, não havia nada. E, por ironia, as tais "pedaladas" deixaram de ser crime 2 dias depois.

Enfim, apesar de todo o esforço da mídia, não há como disfarçar o cheiro do golpe.

Em outra frente, tem o grupo que quer prender Lula:

"Um judiciário que não investiga denunciados de embolsarem milhões (Aécio, Jucá, Renan, Cunha...) e que vai buscar em um apartamento de classe média que não vale sequer 1Mi, numa praia desvalorizada, a justificativa para tornar um ex-presidente da república o comandante máximo da corrupção." - Blog do Rovai

Se aplicado o mesmo critério que estão usando para ele, poucos políticos estariam soltos. Dentre os candidatos a prisão seria fácil incluir o primeiro e o segundo escalão do governo Temer, incuindo o próprio.

Depois da queda da Dilma, uma onda de protestos foi iniciada. Grupos que estavam quietos levantaram-se. O governo respondeu com repressão. A grande mídia está desqualificando-os: são poucos, são vândalos. Dizem eles da mesma forma que disseram em 64.

O fato é que a "chapa esquentou".

Acabou o pão com mortadela, acabaram-se as panelas e as passeatas convocadas no JN ou nos intervalos da programação da globo. Os grupos (tipo MBL) "apartidários" e "contra corrupção" (que fazem selfies com corruptos), já lançaram-se candidatos nos partidos que os financiaram.

Sobre Lula: pode morrer politicamente, mas pode virar mártir. Quanto mais o atacarem, mais alta fica a aposta.

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