terça-feira, 11 de outubro de 2016

Pobre tem que saber o seu lugar

"Quem é contra a PEC 241, é contra o Brasil", dizia um banner no portal da Folha de São Paulo do dia 7/10.

Já estamos sob estado de exceção (a população mais pobre, sempre esteve), o governo avança rapidamente. Prisões arbitrárias, perseguições judiciais, vazamentos / grampos seletivos, campanhas de difamação ...

Coisas que já faziam parte do cotidiano dos menos favorecidos, agora está sendo estendido para os "inimigos" políticos.

Primeiro era só o PT, depois a esquerda e agora todos os que se mostrarem contra as medidas governamentais.

Porém, o mais emblemático ainda está por vir. A prisão do ex-presidente já aparece no horizonte. A forte derrota imposta ao PT nas urnas era o sinal verde que a turma do Moro estava esperando.

Nos 500 anos de história do Brasil, foi a primeira (e única) vez em que alguém pertencente a "casta inferior" da população chegou a presidência. Essa "casta" é facilmente identificada por seu jeito de falar, pois não conhece a norma culta da língua portuguesa. Eu acredito que represente mais de 70% da população (é um chute).

A corrupção sempre fez parte da política. Não raramente, era inclusive motivo de orgulho, vide os tantos políticos do tipo "rouba, mas faz". Nunca ninguém se preocupou em prendê-los.

Entretanto, Lula é um "mau exemplo": não é "gente de bem", "não sabe falar nossa língua". Portanto, precisa ser colocado no seu devido lugar.

Os que pedem a prisão do ex-presidente nunca se importaram com a corrupção.

Lula está sendo condenado por ser o pobre que achou que podia jogar o jogo dos ricos. Nada mais.

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