quarta-feira, 22 de março de 2017

Vai sobrar para todo mundo

Moro recebendo o prêmio de "homem do ano"
patrocinado pela rede globo.
Tem muita gente que ainda não entendeu. Continuam fazendo piada com a prisão de petistas: "não importa se existem provas ou culpa, o importante é que sejam presos".

Pagando o pato
 
Acusado de utilizar caixa 2, o vereador do MBL provou um pouco do veneno que ele próprio ajudou a destilar. Foi esculachado ao vivo em uma rádio.

Pode-se afirmar, sem medo, que praticamente todos os candidatos utilizaram caixa 2, mas foi Hollyday quem pagou o pato.

O episódio da carne envolvia o
ministro Osmar Serraglio,
nomeado por Temer, indicado
por Cunha.
Mas a Veja esqueceu disso e mais
uma vez, atacou Lula.
O MBL abusou desse expediente contra o PT e a esquerda. Ficaram "amigos" de todos os jornalistas(?) dessa estirpe. Esses que, diariamente, em seus programas pseudo jornalísticos,  humilham pessoas, destroem reputações, promovem o linchamento público e condenam sem julgamento.

Mais patos

Na fase "carne fraca", a lava-jato prendeu diretores e funcionários dos frigoríficos investigados. Se tomarmos como referencia as diversas prisões realizadas em outras fases, muitas delas com insuficiência de provas, podemos esperar mais reputações destruídas.

Eu apostaria que muitos, senão todos, os que foram presos nessa operação, foram as ruas com a camisa da CBF, chamando Moro de herói. Dentre os presos, os envolvidos com o esquema estão pagando pela própria hipocrisia. Quanto aos inocentes, gostaria que tudo fosse devidamente esclarecido.

É inaceitável que pessoas sejam presas sem provas, mesmo que estas pessoas tenham aplaudido quando o preso era outro. Espero que tenham aprendido.

Estado de Exceção

A escalada de abusos não para por aí. Ontem, 21/03/2017, o blogueiro Eduardo Guimarães foi acordado as 6h e conduzido coercitivamente. Sua casa foi devassada, computadores e celulares de toda sua família foram apreendidos. Ele é acusado de vazar informações da operação e foi levado, sob vara, para prestar depoimento.

Para atingir Lula, o jornalismo
podre ataca a industria brasileira,
mas esquece que a Alston e a
Siemens também exportam corrupção.
A ordem partiu do juíz Moro. Eduardo havia protocolado representação contra o juíz junto ao CNJ.

Pode-se afirmar que houve diversos abusos:

1) Condução Coercitiva descabida. Eduardo sequer havia sido intimado.
2) O depoimento queria saber a fonte do vazamento. Por lei, jornalistas não podem ser coagidos a entregar suas fontes.
3) A busca e apreensão violou sigilo do jornalista.
4) Moro havia sido representado por Eduardo, portanto, deveria estar sob suspeição.

O episódio tem todos os elementos de um estado de exceção.

Até quando teremos que conviver com esses abusos ?

Por fim, quero deixar minha nota de repúdio a todos os portais, jornalistas e blogueiros que, de alguma forma, apoiam este tipo de procedimento. Vai sobrar para todo mundo.

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